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A variedade na programação dos canais da televisão do "futuro" era excessiva, quase incômoda. No filme, McFly chega a ficar confuso ao se deparar, em frente de uma loja de eletrodomésticos, com uma televisão que transmitia, simultâneamente, cerca de seis programas ao mesmo todo.

Ninguém assiste TV assim, mas temos recursos de mosaico de canais oferecidos por algumas operadoras de televisão, que permitem a nós saber o que está passando em vários canais no mesmo segundo. A evolução dos games também chegou a ser citada, ainda que de forma indireta.

Em uma das cenas de McFly conhecendo Hill Valley de 2015, ele se diverte com alguns joguinhos antigos e é repreendido por crianças daquela geração, que consideram jogar games com uso de consoles, armas eletrônicas, ou qualquer acessório do tipo, ultrapassado.

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Para os garotos do futuro, jogos sem recursos gráficos e no qual as mãos são necessárias para interagir com o brinquedo são estúpidos. Algo que lembre os jogos wireless de hoje que já nos permitem jogar sem fazer muito uso das mãos?

Cada vez mais, a invasão da tecnologia em nossa vida é gritante, ainda que podemos não perceber tão claramente (ou frequentemente). Contudo, a cena em que uma família sentada à mesa do almoço mal se comunica, já que uma garota assiste televisão e atende telefone nos óculos. Aí está algo previsto e não completamente real. Não completamente porque já temos MP3 acoplados em óculos escuro. A tecnologia nos afasta, gradativamente, do convívio social - Zemeckis já imaginava nossa realidade dessa forma!

Comidas desidratadas também fazem parte do dia-a-dia da população do futuro em Hill Valley. Uma personagem chega a comer pizza assim, vendida em embalagem à vacuo. Comida industrializada é parte do nosso cotidiano; não tão agravante quanto pizza desidratada, mas um dia... quem sabe.

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Nem tudo que Zemeckis previu, no entanto, chegou a sair das telas. Muito do fruto da imaginação do cineasta - quanto mais viagem, mais sua produção tornou-se interessante aos olhos do público - não passou disso: de mera imaginação. Por exemplo, carros sendo abastecidos com lixo. Por mais que os conceitos de reciclagem e biogás estejam em progresso, lixo como combustível de veículos ainda é impossível tecnologicamente. Mas a ideia (principalmente em dias em que a discussão sobre sustentabilidade está em alta) veio a calhar, não?

Agora, convenhamos, carros voadores daqui cinco anos é bem improvável, certo? Mas foi assim que "De Volta Para o Futuro 2" imaginou nosso meio de locomoção. Oficinas de carros voadores, pistas de pousos e trânsitos no céu ainda nos parece ficção ciêntífica. Por enquanto, o tráfego na terra é o que temos para nos contentar.

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Hoverboards, aqueles skates que "flutuam" no pé da criançada de 2015, também aparecem longe da realidade atual. As cenas de McFly se divertindo com o brinquedo ainda vão demorar algum tempo para acontecerem. Bem como tênis auto-amarráveis usados pelo protagonista.

Apesar de muita atualidade, "De Volta Para o Futuro 2" traz boas gafes. Coisas que jamais usaríamos hoje ou, então, notícias anunciadas na produção que já caíram com o passar dos anos. Laser Discs, fax como principal meio de comunicação empresarial (seria mais real imaginar o tablet para assinar petições, citado no início do texto, como acessório de conversação) e notícias sobre a Princesa Diana - morta em 1997 em um acidente de carro na França - são alguns dos enganos do diretor que acabaram não vingando.

Irreal mesmo é o look anos 2015 seguindo a tendência de trajes sociais com duas gravatas ao mesmo tempo. Pela foto, dá para imaginar que esse conceito tão bizarro não venha substituir o atual modo masculino de se vestir, certo? Ao menos em seu papel de filme para entreter, divertir e marcar uma época, a franquia "De Volta Para o Futuro" conseguiu cumprir bem sua missão.

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